Maria tem 58 anos e há mais de 10 convive com dores no corpo. No começo, era só um incômodo nas costas. Depois, a dor começou a aparecer nos joelhos, no pescoço e até nas mãos.
Ela já tinha passado por vários médicos, feito exames e experimentado diferentes tratamentos. Alguns ajudavam por um tempo, mas a dor sempre voltava. O diagnóstico? Artrose, hérnia de disco, fibromialgia… nomes diferentes, mas com algo em comum: Maria sentia que estava cada vez pior.
Quando entrou no consultório, disse quase sem esperança:
“Doutor, eu já tentei de tudo. Acho que para mim não tem mais jeito.”
Expliquei para Maria algo que ela nunca tinha escutado antes: o corpo dela ainda podia mudar. Mas para isso, precisaríamos mudar algo fundamental: a maneira como ela enxergava a dor.
A dor crônica não significa necessariamente que o corpo está se deteriorando. Muitas vezes, é um sistema nervoso hipersensível, reagindo de forma exagerada a estímulos que não deveriam ser dolorosos.
Maria ficou surpresa. Ela sempre achou que a dor vinha apenas das alterações estruturais dos exames. Mas a ciência já mostrou que pessoas com artrose, hérnia de disco e outras condições podem ter pouca ou nenhuma dor, dependendo de como o corpo e o cérebro interpretam os sinais.
Nos primeiros encontros, trabalhamos não apenas com técnicas manuais e exercícios, mas também com educação sobre a dor. Maria começou a entender que evitar o movimento só piorava o problema.
Aos poucos, com um plano de reabilitação personalizado, ela foi reconquistando sua confiança. Pequenas vitórias começaram a aparecer:
✔️ Acordar sem dor pela primeira vez em anos.
✔️ Subir escadas sem se segurar no corrimão.
✔️ Voltar a fazer caminhadas no parque sem medo.
Seis meses depois, Maria não era mais a mesma pessoa. A dor ainda existia em alguns momentos, mas agora ela tinha o controle, e não o contrário.
“Doutor, eu achei que minha vida ia ser só dor e remédio. Hoje, vejo que ainda tenho muito o que viver.”
Se você sente que “não tem mais jeito”, saiba que sempre há um caminho. Seu corpo ainda pode se recuperar. Acredite nisso. Se precisar de ajuda pode me procurar!
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OBS: Maria é um nome fictício, utilizado para ilustrar esta situação rotineira.
Abraços, Dr. Frederico Meirelles
